LICOR BEIRÃO….O LICOR DE PORTUGAL.
No local onde hoje se situa o “Topas Bar”, existia “O Velho Maltez”. Este espaço era gerido por uma família muito ligada ao negócio da restauração. Começou por ser um espaço onde se serviam refeições e petiscos, mas, com o andar dos tempos foi perdendo estas características, até se transformar num simples café, como tantos outros que existem na nossa freguesia.
A história que vos relato hoje traz-me á memória uma festa de Ota, algures na década de oitenta e engloba dois protagonistas principais, o Sr. Comissário e o Sr. Inspector.
Nesse sábado, depois do jantar, encontrámo-nos todos no Velho Maltêz para bebermos o nosso café e fumarmos o nosso cigarrito (naquela altura, ainda meio às escondidas). Como era dia de festa os protagonistas decidiram acompanhar a bica com um licor beirão.
ATÉ AQUI TUDO BEM.
Por volta das 22 horas a maior parte da malta decidiu ir até ao largo da festa ver como paravam as modas, no entanto o Sr. Comissário e o Sr. Inspector decidiram ficar no bar a bebericar o seu licor beirão.
Passado algum tempo fui ter com eles e para meu espanto, os dois continuavam numa animada conversa, acompanhada por, já calculam, licor beirão. Tentei convence-los a descansarem um pouco e ir até à festa.
NADA FEITO!
Voltei novamente para a festa e por ali andei umas horas. Por volta das duas da manhã fui à procura deles e não é que eles estavam no mesmo sítio, com a mesma conversa, agora já bem mais animada e com os copos de licor beirão à sua frente.
COPO CHEIO, COPO VAZIO….COPO CHEIO, COPO VAZIO!
Não havia nada a fazer, era mesmo para a desgraça. Ninguém conseguia levantá-los daqueles bancos, e foram muitos os que tentaram. Até que por volta das quatro da manhã, já com o baile terminado o dono do bar decidiu fechar o estabelecimento. Naquela altura apenas eu estava junto deles e só Deus, o dono do estabelecimento e a minha pessoa é que sabemos o quanto foi difícil trazê-los para a rua. Ali fiquei na rua com dois amigos que desde as 21 horas até às 4 da manhã, não fizeram outra coisa, senão beber licor beirão.
IR PARA CASA? NEM PENSAR NISSO!
O que fazer com estes dois? Pensei eu. Decidimos andar um pouco, em direcção à rotunda, mas perante as dificuldades de locomoção que ambos apresentavam tornava-se muito perigoso circular naquela estrada. Por isso, paramos junto à entrada que existe entre os muros (à direita, quem vai do largo para a rotunda).
O GREGÓRIO….
Já não me recordo qual deles chamou primeiro o “Gregório”, mas ambos chamaram e eu tive que correr a um lado e ao outro, com o objectivo de evitar a queda de cabeça do muro para o terreno existente (mais ou menos dois metros).
Enquanto andava nesta “lufa-lufa” acabei por ficar zonzo só com o cheiro que ambos emanavam. Pouco depois apareceu outro amigo (já não me recordo se foi o Sr. Professor ou o Sr. Director), e ambos conseguimos controlar a situação.
Estávamos todos na estrada a recuperar o fôlego, quando aparece outro colega, mais velho, com carro que nos levou a dar uma volta, a pedido do Sr. Comissário. Lá fomos nós, às cinco da manhã até à área de serviço da A1 em Aveiras, naquela altura conseguia-se entrar pelo portão de serviço, e aí foi possível comer qualquer coisa para confortar o estômago.
Regressamos a Ota já de dia, com os colegas em franca recuperação.
Não mais estes dois colegas beberam Licor Beirão, creio que até aos dias de hoje.
Ota
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