Autor: José Rebolo
O principal trunfo do telejornalismo é a mobilidade: estar com imagens (inacessíveis à rádio) às cavalitas do facto (inacessível ao jornal impresso), ou seja, os primeiros a dar as últimas. Ora, salvo honrosas excepções, o telejornal português, com um dinamismo de uma preguiça, é o primeiro a estar nas últimas. Repetem, não sei quantas vezes, no dia seguinte, a mesmíssima peça gravada e emitida na véspera, sem actualizar uma vírgula do texto. Às dez da manhã, ainda a tirar a remela do olho, ouvimos: “O ministro esteve hoje à noite no…” Em Portugal não existe o texto telejornalístico, que deve ser fluente e natural. As frases são proustianamente quilométricas, como se o objectivo fosse fazer o jornalista deitar os bofes pela boca. Há três advérbios para cada verbo. O estilo é, ao mesmo tempo, macarrónico e palaciano, inspirado nas cartas de Maria Cachucha para o namorado. Dir-se-ia que metade dos jornalistas quer ser romancista, a outra metade já o é.
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