Autor: José Rebolo
Fazer um aborto é um acto íntimo e terminal, não resolúvel no mero plano das opções certas ou erradas. A lei deve conceder à mulher que decide abortar todas as condições de acompanhamento e tratamento possíveis, de modo a evitar os crimes do aborto clandestino. Ter abortado não é uma medalha de honra nem um desafio à sociedade, do mesmo modo que os que são a favor da penalização do aborto não se devem armar em arautos da vida contra os defensores da despenalização. Nesta matéria ninguém é moralmente superior a ninguém e toda a condição em que a mulher decide abortar representa uma falha e um fracasso da sociedade em que está inserida. O que não pode suceder é que se distinga entre o aborto das mulheres pobres (o aborto clandestino, que mata, estropia e aniquila e pode acabar na barra do tribunal), e o aborto das mulheres remediadas ou ricas (em clínicas especializadas de algumas capitais da Europa). Deus não as distingue. Por que é que a sociedade não oferece as mesmas condições para quem tem dinheiro e para quem não tem. Despenalizar o aborto não significa torná-lo vulgar e acessível, ou valorizá-lo como acto de suprema liberdade da mulher. Despenalizar o aborto significa apenas retirá-lo do dogma religioso e devolvê-lo à arena dos direitos, liberdades e garantias.
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