Autor: Outsider
Hoje decidi não matar ninguém !
Sei Lá,
Gostava de escrever como a Margarida Rebelo Pinto, mas não consigo. Ok. Vou tentar!
Uma vez mais cá estou eu para vos contar o nosso fim-de-semana! Foi muito divertido e ainda por cima a minha tia Guida esteve cá! No Sábado regressámos à natação! Desde Janeiro que não íamos! Por eu estar doente ou pela mamã estar doente, faltámos a muitas aulas! Eu já não choro com o professor! Já não tenho medo dele! Mas quando me quiseram pôr umas braçadeiras é que não deixei! Nem pensar! Julgam que me enganam! Eles querem pôr-me as braçadeiras para que a mamã me largue e eu comece a dar às pernas! É que eu ando tão descontraída que me esqueço! À noite os meus avózinhos foram jantar à nossa casa! Eu gostei muito!
Desulpem. Chega. Vou tomar um shotbrain! É um composto de uma 1920 com seroxat, castilium e sabril! Irresistível. Até Já.
Olá! Sinto-me bem melhor…
Sou a Juliana, tenho 24 anos e sou brasileira.
A porta da minha casa não tem tapete, entre sem limpar os pés, traga para cá toda a poeira de todo chão que pisaste, eu te quero com as nódoas do caminho andado, eu te quero com o cansaço que trazes da rua, e com o colarinho encardido, e com a carne suada, e com a alma cansada, e com todos os nãos que engoliste. Vamos celebrar o imperfeito da vida, o passo em falso, a decisão errada, celebrar o indesejável, comemorar o imprevisto, o desencontro, o desencanto e todas as coisas sem esperança. Traz o medo e traz todas as filhas do medo: a angústia, a dúvida, a indecisão, a inércia, traz, traz, há lugar para tudo quanto é defeito da raça humana, vem dividir os teus com os meus, vem fazer par, a tua desventura com a minha miséria, porque eu estou aqui e sou de carne e osso e te espero de braços abertos.
“Ele executou a grande Prostituta que corrompia a terra com a sua prostituição, e pediu-lhe contas do sangue dos seus servos.”
A história tem que ser interrompida porque a Juliana acabou de ser apanhada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras – SEF.
Desculpem a garrafa acabou. Vou buscar outra. Agora sim estou em pleno processo criativo . . .
Era o dia de regresso. Estava quase tão ansioso por regressar a Portugal quanto o dia em que parti. Portugal é um país que ora se ama ora se odeia. Embora a minha relação com este cantinho à beira-mar seja muito conturbada, acabo sempre por regressar. Já nem sei se é por amor se por hábito, mas o certo é que as saudades não me deixam ficar muito tempo ausente.
Entro no velho Peugeot 204 e quando vou a dar a chave, nikkles. As luzes ficaram acesas quando atravessei um dos inúmeros túneis de Barcelona. Cravei logo a minha mulher, irmã, sobrinho e dois operários que estavam ali à mão para empurrarem a charranca. Mas o raio do motor não havia maneira de arrancar. Lá tive de pagar o táxi para os levar ao aeroporto e ainda mais 20 euros para me desenrascar.
Preparo-me para estoicamente atravessar o árido planalto ibérico. O clima estava húmido e já dentro do carro, sem ar condicionado e com dois vidros avariados, suava que nem um cavalo. Tal era a sudação que mais parecia ser eu a puxar o carro tal como no tempo dos Flinstones. Nem sequer disponha de um reles auto-rádio que pudesse mitigar o meu sofrimento.
Para combater a monotonia da paisagem e da condução em autopista vou-me distraindo com contas de cabeça calculando a potência que seria necessária para um carro voar, ideias para construir redes neuronais, argumentos para novas histórias e contos. Não raramente dou por mim a meditar apenas na morte da bezerra. Vou voltando o rabo suado ora para um lado ora para o outro como sardinha na brasa.
Zaragoza, 40º à sombra. Infelizmente não estou numa ilha tropical nem com uma companhia romântica nem sequer disponho de uma mísera sombra. São 17h e o sol continua inclemente. Procuro refúgio num centro comercial. O ambiente climatizado repleto de belas espanholas vasculhando pechinchas nas rebajas é um oásis onde refresco alegremente o corpo e a vista. Sou inevitavelmente arrastado para a secção de livros onde acabo por comprar “viajero gaffe” de um tal Marc Ripol.
É um livro delirante sobre viagens e turistas. Não recomendável para quem está a pensar viajar tal a quantidade de desventuras que o autor retrata com um sentido de humor irrepreensível. Um excelente passatempo para viajantes e um alerta para quem sonha com paraísos turísticos pintados cor-de-rosa pelas agências de viagens.
Antes de chegar a Madrid, paro numa pequena aldeia perdida por entre terras de trigo, girassol e áridas montanhas. Eram umas 9h da noite e nas ruas não se vê vivalma. Estaciono junto a um canal de irrigação refrescando-me com o ruído das águas neste pasmacento final de tarde. Saco da navalha e vou-me a um enorme melão que tinha previdentemente adquirido em Barcelona. Soube-me que nem ginjas.
Eram já umas 11h da noite e Madrid ainda está a mais de 100 km. Decido dormir num dos muitos hostales que ladeiam a autopista. Muitos estão completos e começo a preocupar-me se teria de dormir ao relento. Não seria a primeira vez, mas hoje estava cansado. Junto a uma aldeia semi-abandonada, lá encontro uma pensão com vagas. Aquilo era uma pensão que mais parecia uma prisão: os quartos pouco maiores eram que a cama individual e na casa de banho não havia lugar para mais de uma pessoa, mas magra. Não haja dúvida que esta malta tem olho para rentabilizar o negócio e explorar o desgraçado viajante.
Adormeci. . . e sonhei . . .
Não fui eu que inventei a morte.
Não matei Jesus.
Jesus não morreu por mim.
Elefantíase do Escroto, doença causada pela obstrução dos vasos dos testículos, podem inchar os testículos até ao tamanho de uma melancia.
Juliana, por onde andas . . .
Até breve,
Outsider
Ota
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